Eles me dizem, cara tu é bom
(Dizem)
Tu é um gênio maluco
Você brinca com os tons
Em megatons
Espreme a dor a faz suco
Eles dizem
Faça grana, faça grana corra mais
Faça fama, faça fama, corre atrás
Depois se mate em frente as câmeras
Sem nunca ter tido
Um nenhum sinal de paz
Eles dizem
Com seu olhar, sem palavras
Que ainda somos escravos na lavoura
Mas eu vou lavar com sangue
E um rio de lava
Nenhuma paz e duradoura
Fogo vivo, eu sobrevivo
Sobrevoo e me sobressaio
Meu princípio ativo
Me mantém altivo
Fumo o que eu cultivo
Esse é meu ensaio
Sobre essa cegueira
Tipo Saramago
Se nada me sara
Eu serei amargo
Serei seco frio
Tipo o Saara a noite
Sempre sangue frio
A prova de boicote
Só coice de mula
E rabo da arraia
Tu pica mula e sai minha praia
1, 2, e te aplicam
Tá maluco cara?
Tá na nessa dispo?
Então bota a cara
Vai
Será eles me viram?
Será, que um dia me verão?
Além dessa cortina fumaça
Além da dor que tem no coração
Aqui ninguém se vê, se crê mais
Embaçaram nossa vista
Te venderam sonhos, falam de paz
Mas, o mundo feito de conquistas
Tá tudo turvo
Eu não vejo nada
Eu capotei
No fim da estrada
Eu não me curvo
Pra nada
Eu é que não vou servir de escada
Eles dizem
Que quando entra grana
Vida a melhora
Mas os problemas crescem junto
E viver sem ela
Nos tempo de agora
É pedir pra virar defunto
Eu defumo o ambiente e reflito
Ainda bem que música me quis
Eu poderia tá preso em algum distrito
Ou levando a vida por um triz
Fiz bons amigos, alguns irmãos
Hoje uns descansam de baixo do chão
Amores verdadeiros, outros não
Mas, todos me serviram de lição
Será que elas me viram?
Será? Que um dia me verão?
Além dessa cortina fumaça
Além dor que tem no coração
Olhei a cidade, câmeras nas ruas
Eu quero que verdade, e quero ela nua
Ver o céu além dos corredores
Te amar na rua
E foda-se os pudores
Será elas me viram?
Será, que um dia me verão?
Além dessa cortina fumaça
Além dor que tem no coração
Aqui ninguém se tem, se crê mais
Embaçaram nossa vista
Te venderam sonhos, falam de paz
Mas, o mundo feito de conquistas